Por Ascom-Câmara Quinta-Feira, 9 de Junho de 2022
A Câmara Municipal de Patos-PB promoveu na noite desta quarta-feira (08) mais uma Audiência Pública para debater o problema da falta de saneamento básico no município. Desta vez a iniciativa partiu do vereador Josmá Oliveira (PL), único membro do Poder Legislativo que participou do evento. “A gente lamenta muito a ausência dos meus pares. Com exceção da presidente Tide e dos vereadores Nandinho e Zé Gonçalves que fizeram as devidas justificativas, os demais não participaram. ”, queixou-se o edil, autor da proposta. “Por outro lado, contamos com a presença de representantes de bairros que sofrem com a falta dessa estrutura. ”, acrescentou. Representantes dos governos municipal e estadual também não compareceram. “O secretário de infraestrutura do município, Bonfim Filho, justificou sua ausência. Assim como o secretário de Serviços Públicos, Josemar Barbosa. No entanto, a CAGEPA, infelizmente ainda não se pronunciou. ”, lamentou.
Durante a abertura dos debates, Josmá Oliveira relatou a importância do tema dizendo que “a cidade de Patos não tem sequer 12% de suas ruas saneadas”, lembrando que isso contribui diretamente com os inúmeros problemas de saúde. Em seguida, ele convidou os presentes para se pronunciarem na tribuna.
O engenheiro civil Claro Alvino, lamentou a baixa participação popular, mas destacou a importância da iniciativa do debate. “Faço uma avalição positiva, em que pese a ausência das autoridades, da maioria dos vereadores e da população. ”, resumiu.
Já o também engenheiro civil Antônio Justiniano, Tony, membro do GIASP – Grupo Independente de Ação Social e Analise Político de Patos – iniciou sua fala lembrando que essa reivindicação sempre esteve na pauta de prioridades da entidade “que são três: esgotamento sanitário, tratamento do lixo e a construção de um novo matadouro público”, relatou o servidor público estadual.
O senhor Eliseu Serafim, morador da Rua Luiz Araújo Nóbrega no bairro da Maternidade, entrada de acesso ao Recreio Maçônico, lamentou, não somente a falta de uma rede de coleta de esgotos como também a ausência de ações por parte do município. “Lá nós convivemos dois grandes problemas: além da falta do esgotamento sanitário, sofremos com as galerias pluviais por onde os moradores derramam seus esgotos domésticos. Como essa tubulação é estreita, em tempos de chuvas ela não consegue dar vazão e acabam se rompendo e jogando nas ruas as águas da chuvas misturadas com esgotos. A fedentina é insuportável. ”, relatou o morador, lamentando ainda o descumprimento das inúmeras promessas feitas pelos gestores de que a artéria seria calçada. Outros moradores de bairros da Zona Sul também se manifestaram na tribuna sobre os problemas de galerias que jogam esgotos nas ruas e o tempo que espera para que a secretaria de Serviços Públicos faça o conserto.
Ao final dos debates, Josmá Oliveira informou que as autoridades competentes serão novamente contadas e que as reivindicações apresentadas pelos moradores constarão de um relatório que será entregue aos setores competentes. “Nós vamos insistir nesse debate e, quem sabe, promover outra audiência. Até que as autoridades tomem as devidas providencias. ”, arrematou.
CM
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