Por Ascom-Câmara Segunda-Feira, 15 de Agosto de 2022
A Câmara Municipal de Patos-PB aprovou na Sessão Ordinária desta terça-feira, dia 09 de agosto, o Requerimento Nº 702/2022, que concede Voto de Aplauso a FECMMA – Fundação Educativo Cultural Miguel Mota, pela elaboração da programação alusiva aos 30 de morte do Deputado Federal Edvaldo Mota, falecido no dia 12 de julho de 1992, aos 53 anos de idade. “Justa homenagem ao eterno deputado estadual e federal, um grande benfeitor de Patos que nos deixou muitas saudades. ”, justificou a vereadora Fatinha Bocão, filha do ex-vereador Chico Bocão (in memoriam) que em vida foi aliado político e amigo próximo de Edvaldo Mota, durante toda sua trajetória política.
A honraria foi subscrita pelo vereador Ítalo Gomes (Republicanos). “Esse homem público de grandes feitos na cidade de Patos e em toda a Paraíba. Após esses 30 de sua morte, por onde passamos ainda ouvimos relatos e testemunhos de suas ações políticas, fosse como deputado estadual, fosse como deputado federal. Ao lado de sua esposa, hoje a viúva Francisca Mota, deixou sua marca em importantes obras. ”, ressaltou o edil, parabenizando a colega pela iniciativa.
Programação
De acordo com o escritor, teatrólogo e presidente da FECMMA, o ex-vereador Zé Mota Victor, responsável pela elaboração da programação, aas homenagens alusivas aos 30 anos de morte do saudoso deputado Edvaldo Mota começam no próximo dia 20 de agosto com a celebração de uma Missa Solene, às 17h, na Igreja de Nossa Senhor da Conceição e se estendem até o dia 24 de outubro. A programação completa pode ser conferida na sede da fundação, localizada na Praça Edvaldo Mota, 156, Centro de Patos-PB.
Biografia
Filho de Miguel Fernandes Mota e Josefa Silva Mota, fez o curso primário no Ginásio Diocesano e o ginasial em Vitória de Santo Antão, Estado de Pernambuco. Casou em 06 de dezembro de 1958, com Francisca Gomes Araújo Motta, natural de Catolé do Rocha.
Edivaldo e Francisca Mota, que começaram a vida conjugal em uma bicicleta, fiscalizando as construções financiadas por Dona Zefinha, mãe dele e sogra dela, teriam na atividade política uma grande identificação a partir de 1963, quando ele foi eleito vereador e assumiu a Secretaria Geral da Prefeitura. Na sequência se elegeu em 1967, deputado estadual e, em 1968, disputou o cargo de prefeito de Patos, ficando na terceira colocação e decidindo-se por continuar no legislativo.
Em 1983, Edivaldo concluiu o Bacharelado em Direito, no Instituto Paraibano de Educação - IPE, em João Pessoa. Depois de cinco mandatos na Assembleia Legislativa da Paraíba, onde foi líder do Partido Popular e PMDB, decide disputar a candidatura de deputado federal constituinte, passando a atuar no Congresso Nacional. No transcurso de sua vida pública, foi um dos grandes responsáveis pelo surgimento de novas lideranças, a exemplo de Rivaldo Medeiros, que mais tarde acabou se transformando no seu maior adversário político. Os confrontos entre ambos marcaram a região pelo teor da agressividade. O filho de Miguel Mota jamais perdoou a traição política, dada a sua característica de reciprocidade para com os amigos. Alguns destes episódios chegaram a ocupar o lugar pitoresco na história. Edivaldo o tratava de "Lobo" e recebia em troca o adjetivo de "Louco". Quando cumpria seu segundo mandato, em Brasília, beneficiado com a licença de Zuca Moreira (convocado pelo governador Ronaldo Cunha Lima para assumir a Secretaria de Saúde), Edivaldo faleceu, em 12 de julho de 1992, aos 53 anos de idade, na Fazenda Maria Paz em São José de Espinharas, cidade vizinha a Patos, onde participava de uma vaquejada e sofreu uma parada cardíaca.
CM